SOLIDÃO



Tantas vezes, a solidão é companheira.
Outras tantas, nos faz cativos.
Ficamos cativos de nossos desesperos, ansiedades e alegrias.
Por não ter a quem recorrer, agarramo-nos às pessoas que nos são queridas, causando aborrecimentos e dores a elas. Sim, quem nos quer bem, sente nossas dificuldades, preocupa-se conosco. É doloroso aos nossos amigos ver nossas dificuldades, nossas angústias, acompanhar nosso desespero, da mesma forma que nossa alegria é contagiante e nossas vitórias fazem com que facilmente se emocionem.
Ao mesmo tempo, é doloroso demais ser um entrave na vida dos amigos, saber que além de terem os seus próprios problemas, muitas vezes queremos sobrecarregá-los com os nossos.
A transição pela qual passo, faz-me ver a vida com outros olhos.
Outrora, teria me entregue, hoje, absorvo, cheio de dores, mas enfrento de cabeça erguida.
Eu sei que é mais uma etapa do meu crescimento acontecendo. Não abro mão de jeito nenhum da liberdade que hoje tenho, e jamais pedirei a ninguém que abra mão da sua por mim, ou aceitarei que mesmo somente em palavras faça o mesmo.
Faltam coisas? Como não!
Venha solidão. Venha silêncio.
Venha vida.
Como vou em frente ainda não sei, mas vou.

Gean Matiello
(um amigo)

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