Sei lá.....

Laranjeiras do Sul – PR, 10 de fevereiro de 2013-02-10
Palavra do dia: Perplexidade

Consigo ficar perplexo diante de várias situações, mas a que mais me deixa assim é a minha postura perante a vida.
Tenho o dom prematuro de destruir tudo aquilo que construo, perseguir o troféu e, quando o alcanço, jogo ele pra longe, muitas vezes aquém da minha capacidade de lutar por ele novamente.
Perplexo fico com a atitude das pessoas ao meu redor, algumas auto-destrutivas, outras, em busca de um galardão inalcançável, outras, em busca de (pasmem) salvação!
Voltei a escrever para dirimir questões internas, espantar de vez meus demônios interiores, expor meu pranto ao mundo.
Tornei-me solitário por convicção, não quero mais ninguém na minha vida, cerceando meus movimentos, minhas atitudes e minhas decisões.
Escolhi ficar bem, não por nada nem por ninguém, mas por mim mesmo. Espero ainda ter tempo de resgatar uma parcela da dignidade que me resta, depois de tanta besteira feita, ingerida e expelida.
Não tenho mais forças de lutar sozinho, não tenho onde, como e porque pedir auxílio.
AMO de paixão, com toda a força da minh’alma as pessoas que povoaram minha vida, cada uma a seu modo, cada uma com sua parcela de responsabilidade. Espero ter também deixado minha marquinha, por menor que seja, mas indelével na vida das pessoas a quem permiti que me conhecessem de verdade, minha essência. Não, familiares, não são a vocês que me refiro.
Consegui criar uma pseudo-reputação e, em menos de 24 horas, coloquei tudo a perder, mais uma vez.
Não sei se viro mais esse carnaval com vida, caso positivo, com certeza esse texto não chegará aos olhos de ninguém.
Amigo, lutei por você, com todas as minhas forças, algumas pessoas sabem disso. Parte do que sou e do que tentei, foi por você, mesmo sabendo que era fazer um buraco na água.
Primeiro amigo, como me arrependo de não ter te aceitado, por mesquinharia e dogmas mil, mais uma vez, obrigado religião e religiosos. Peço a Deus que guarde seu descanso, cara, que permita que você usufrua ainda mais do restante da liberdade que você sempre prezou... Que você encontre os seus na sua próxima jornada (quiçá esteja eu em sua lista).
Mulher, você já partiu, assim como eu passo por isso hoje, tenho certeza que foi por esse motivo que você abandonou sua jornada. Obrigado por permitir a esse maluco que te conhecesse de verdade, longe de status, dinheiro, reputação, etc... Obrigado por me ensinar a viver em harmonia, mesmo desarmonizando... Espero que estejas pelo menos em paz!
Segundo amigo, incondicional é meu carinho por você! Obrigado por continuar o trabalho começado pelas duas pessoas anteriores. Obrigado pela dedicação, mesmo ao seu modo, muitas vezes grosso, tosco, e pela tentativa de auxílio. Podíamos, sim, estar muito bem até hoje... Obrigado pelas lições de respeito ao próximo, tolerância, compaixão... Obrigado por permitir que eu fizesse parte de sua caminhada, por me acolher, me embalar, me alavancar, incentivar. Sabes que ainda te amo.
Mãezinha, obrigado pela recepção em sua casa, arriscando sua vida e seu casamento tentando me amparar nos que foram os momentos mais difíceis da minha vida (nós sabemos que não foram dois ou três, mas vários né?). Agradece teu marido por mim também.
Antes de me despedir de você, terceiro amigo e, o que mais me fez bem, deixa eu explicar o que acontece.
Estava desiludido, desacreditado, desesperançado, escurraçado por tudo e todos (obrigado família, vocês sabem a quem me refiro). Resolvi antes de “cortar o globo”, como dizia um ex-patrão e grande amigo, despedir-me das pessoas que me eram queridas. Não, nunca quis tentar consertar nada, a não ser a mim mesmo, mas queria guardar a lembrança de ter visto as pessoas que eu queria bem... Assim como queria que guardassem a lembrança de terem visto o Geanzinho sóbrio, depois de tantos anos. Era a lembrança que queria deixar a todos vocês familiares.
Agora, terceiro amigo, entra você. No momento mais difícil da minha vida, você me devolveu a vontade de viver, a esperança, a certeza de viver novamente bons momentos (não, não existe mesmo felicidade, aprendi a me escorar nos bons momentos). Devolveu-me aquilo que me foi tirado depois de tantos anos de julgamento escroto por parte da minha família, apostou em mim. Obrigado. Fez com que, no meio desse enredo doido da minha vida, eu encontrasse novamente meu potencial e apostasse nele. Digo não você, mas fez com que EU voltasse a acreditar em mim. Mais uma vez, obrigado. Permita te dizer, cara... Você não tem noção do carinho que tenho por você, sei que pra você sou apenas mais um, um pedaço de carne, uma pequena conquista no seu universo, você faz questão de deixar isso bem claro cada vez que conversamos, e, acredite, entendo e aceito, apenas não consigo deixar de gostar de você, mesmo tentando, e muito. Não consigo deixar de te visitar, pelo menos para ser escurraçado por você, ser toscamente mandado embora. Aprendi muito contigo também, a respeito de liberdade... Como ser livre, mesmo estando preso... Obrigado, mais uma vez.
Demais amigos e amigas... Obrigado por povoarem minha vida, fazerem da diversidade de vocês algo que me sustentou durante tanto tempo. Obrigado por permitirem que eu conhecesse vocês e me aceitarem como sou. Obrigado por fazerem da minha existência algo rico e maravilhoso como foi e tem sido.
Bem, sei que agora vou arquivar isso e provavelmente pela manhã apagar, espero MESMO mudar a decisão que tomei a pouco, mas caso contrário, ta lá.

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